O LIVRO DE JUÍZES
Introdução ao Livro
Entre a chegada de Israel a Canaã (Js.3), até o estabelecimento da monarquia quando Saul é ungido rei pelo profeta Samuel (I Sm.10), passaram-se 200 anos. Aproximadamente de 1200 a.C. à 1000 a.C.
Neste período, Israel dependeu de homens e mulheres levantados por Deus, para dar direção e liderança.
Foram denominados juízes porque executaram o juízo de Deus.
· Por que conhecer o livro de Juízes?
Este livro mostra como Deus agiu nos acontecimentos que são descrito e nos mostra como Deus pode usar homens e mulheres como instrumentos de libertação.
Este relacionamento especial estava baseado na aliança que Deus fez com Israel no monte Sinai (Ex.19:20)
Juízes é como os ostros livros proféticos. Contem uma mensagem que é relevante para o presente e o futuro.
Foi o relacionamento de aliança com o Senhor que mantinha o povo unido.
Uma vez por ano era celebrada uma festa que reunia todas as tribos em Siló, onde estava o Tabernáculo (tenda da congregação). (Js.18:1) (Jz.21:19).
Que festa era esta? Pentecostes! (At.2:5). Era a única festa que reuniam todos os povos em um só lugar.
Foi nesta festa que aconteceu um marco na história – Ana, mãe de Samuel, fica grávida. (I Sm.1:3)
Note que Ana foi cheia do poder de Deus e o sacerdote Eli a teve como embriagada (I Sm.1:12-13 = At.2:12-13), onde o povo pensou que os discípulos estavam embriagados. (Ana Passou a ter uma família. Em Atos, a igreja começou a crescer).
Nessa festa eles agradeciam pelas bênçãos recebidas (boa colheita) e renovava a aliança com Deus e uns com os outros.
Aliança que Josué havia feito com Deus diante do povo (Js.24:14-22)
Os negócios da comunidade, era feita em cada local, pelos anciãos e questões mais serias eram trazidos para os juízes Julgar as causas. (Jz.4:4-5)
De tempo em tempo, representantes das tribos se reuniam para tratar de questões de interesses comum como, desvio de comportamento de alguma tribo, ou um ataque inimigo contra alguma delas.
Não havia um exercito fixo. Sempre que surgia uma guerra, uma nova força de combate era convocada.
A IDOLATRIA E O DESVIO DA FÉ
As tribos de Israel estavam separadas uma das outras por assentamentos Cananeus. (Jz.1:19-27, 29, 30,31, 33 ; 4:2-3)
Esses povos tinham trabalhado a terra por gerações e atribuíam o sucesso das colheitas a vários deuses e deusas da natureza, tais como os baalins e as astarotes. Eles acreditavam que essas divindades controlavam o solo e o clima, e a fertilidade do campo e do rebanho.
Os Israelitas eram cada vez mais atraídos por essas divindades e misturavam a adoração dessas divindades com a do seu próprio Deus.
O resultado foi o declínio espiritual e moral que foi tão sério que ameaçou destruir Israel, a partir do seu interior.
O envolvimento com as coisas mundanas traz para nós este mesmo resultado.
A maioria das pessoas estavam preocupadas apenas em seu próprio interesse e aproveitava da ausência de um governo central para fazer o que bem entendesse. (Jz.17:6 e 21:25)
Olhando para esses acontecimentos, imaginamos uma época turbulenta, mais nem sempre era assim, porque havia também tempo de tranqüilidade.
Tempo onde os anciões comandavam os negócios, tomavam decisões civis, e isso acontecia na porta da cidade. Pessoas se encontravam, se apaixonavam. O livro de Rute fala sobre isso
A primeira parte da introdução trata da degradação progressiva por causa do relacionamento de Israel com os Cananeus depois da morte de Josué. (cap.1:1)
Eles não conseguiram expulsar os Cananeus (1:27, 29, 30,31, 33) – Cuidado com aquele negocio de: “Há, a hora que eu quiser eu paro!!!”
Como resultado, desta primeira parte de introdução, termina com os Israelitas chorando diante do Senhor e recebendo a informação do que tinha dado errado. (Jz.2:1-5)
A razão do fracasso não foi às fortificações e os carros de ferros dos Cananeus, mais a infidelidade de Israel com Deus.
Eles tinham que destruir todos os altares dos Cananeus e não fizeram.
O Anjo do Senhor (Jesus) retrata o passado “Do Egito vos fiz subir” (2:1) , e aponta para o futuro “...Antes vos serão por adversário...” (2:3).
1) Ele exigiu o afastamento completo dos Cananeus, mas a nação desobedeceu. Hoje Deus exige também o afastamento do mal, (Sl.34:14), do pecado (Is.59:2) Israel soube que o Senhor não expulsaria seus inimigos, mais eles lhe seria como um espinho no peito, e sua religião como um laço de corrupção.
2) Israel chorou, mais não se arrependeu. Assim pereceu a prosperidade e a benção.
O mesmo acontece com os crentes hoje.
A segunda parte mostra como Israel começou a tender-se para a apostasia.
Todo o povo esqueceu do Senhor; não havia mais adoração, não falavam mais sobre a aliança e a geração que veio depois, não conhecia a Deus. (2:10-11)
Veja o mal que acontece, quando deixamos de falar do Senhor para nossos filhos!
(Às vezes fazemos como Ezequias, quando Isaias falou que o povo ia ser levado cativo para a babilônia. Ezequias disse: nos meus dias haverá paz).
Assim este livro nos mostra o que deu errado e nos expõe as conseqüências que vieram por causa desse erro.
O tema que poderíamos dar a esse livro é: “A insistente Apostasia de Israel”. Algo parecido com os nossos dias seria: “A insistência do povo em afastar-se de Deus”.
BIBLIOGRAFIA
CARSON, D. A. Comentário Biblico - editora Vida Nova, São Paulo - SP , 2009
UNGER, Merrill Frederick, Manual Biblico Unger 1909, editora Vida Nova, São Paulo - SP